Quem sou eu

Minha foto
JARDIM, MS, Brazil
Sou professora Multiplicadora do Núcleo de Tecnologia Educacional de Jardim/MS. Tutora em cursos da plataforma e-proinfo

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

USO PEDAGÓGICO DAS LOUSAS DIGITAIS



            A educação, na atualidade, é diretamente influenciada pelo papel que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) exercem sobre a sociedade. No artigo “Novas Tendências para o Uso das Tecnologias da Informação na Educação”, Maria Cândida Moraes (1998) mostra que, para educar nessa era, é necessário extrapolar as questões da didática, dos métodos de ensino e dos conteúdos curriculares para poder encontrar caminhos mais adequados. Isso implica repensar os processos de ensino-aprendizagem e redimensionar o papel que o professor deverá desempenhar na formação de seus alunos.

Nessa nova realidade são várias as ferramentas disponíveis para colaborar no processo de ensino e, servem como exemplo, as lousas digitais, que têm alto poder de conversão de mídias e linguagens.A lousa funciona como uma tela de computador sensível ao toque, com a diferença de que o dedo do professor serve como mouse. Ela pode ser utilizada para mostrar vídeos, acessar conteúdos on-line e gravar as aulas que estão sendo dadas, além de possibilitar ao professor escrever e desenhar, como em uma aula normal, só que com uma caneta especial, ou mesmo com o dedo.

Para a pedagoga Mônica Cristina Garbin, que realiza pesquisa na Unicamp sobre as tecnologias aplicadas à educação, a ferramenta “pode promover um ambiente altamente colaborativo, pois os alunos se ajudam na resolução dos problemas trazidos pelos professores, criando um aprendizado mais significativo”. Outros benefícios da lousa digital são apontados pela também pedagoga Daniela Melaré Vieira Barros, docente da Universidade Aberta de Portugal e ex-pesquisadora da Unicamp, que aponta:
A ambiência de uso da tecnologia para o docente, ou seja, utilizar um conceito tradicional e agregar a tecnologia;
A potencialização dos conteúdos para facilitar a aprendizagem, seja no uso dos aplicativos ou das ferramentas disponibilizadas;
A ampliação da motivação do aluno com as possibilidades de interação com a lousa e suas ferramentas.

Para ela, o processo de educar, portanto, deve ser centrado no aluno e direcionado para as necessidades de seu contexto e vivência, mas sem perder conteúdo.Mônica Garbin ressalta, no entanto, que o diferencial nesse processo é o papel do professor, que se torna um mediador de cultura entre o conhecimento prévio do estudante e o conhecimento acadêmico, além de se tornar um “grande produtor, criando atividades e aulas que direcionam para as questões importantes”. Destaca ainda que não se tem uma receita para o processo educativo e que “talvez se possa dizer que as tecnologias podem ajudar o trabalho do professor, pois com elas se consegue atingir os diferentes estilos de aprendizagem, atendendo às necessidades dos alunos”. Porém, isso depende de como o professor conduzirá as atividades, pois a chave não está na tecnologia e sim no professor.

Melaré complementa argumentando que o professor nunca será substituído e que a autoaprendizagem destaca-se apenas como uma nova tendência de aprendizagem mais independente e autônoma para o aluno. Essa tendência também “necessita de estratégias pedagógicas para que ocorra de forma sustentada, portanto o docente deve se adequar às novas exigências desse tipo de aprendizagem que surgem com o uso das tecnologias”.

Como afirma José Manuel Moran no artigo “Educar com tecnologia”, a questão fundamental não é a tecnológica. As tecnologias podem nos ajudar, mas, fundamentalmente, educar é aprender a gerenciar um conjunto de informações e torná-las algo significativo para cada um de nós, isto é, o conhecimento (MORAN, 2001).

Mas é importante ressaltar que a tecnologia aliada à educação possibilita a apresentação do conteúdo curricular de modo diferenciado, o que pode deixar o processo de aprendizagem mais interessante, tanto para o professor, quanto para o aluno.
 

Referências
MORAES, Maria C. Novas Tendências para o Uso das Tecnologias da Informação na Educação, 1998. Disponível em: <http://edutec.net/Textos/Alia/MISC/edmcand2.htm>
MORAN, José M. Novos desafios na educação – a internet na educação presencial e a distância, 2001. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/PROF/MORAN/novos.htm>






Nenhum comentário:

Postar um comentário